Quarentena é, tal como o SC Braga, com Palhinha. O Duas de Letra conheceu, esta sexta-feira, o seu segundo capítulo e o médio defensivo foi o escolhido dos adeptos.
Com a boa disposição habitual, Palhinha fez o que costuma fazer dentro de campo e ‘varreu’, sem rodeios, todas as perguntas que lhe foram feitas.
Ficamos a saber o quão difícil é aturar Paulinho, que Esgaio é o mais romântico e que na TV lá de casa o programa é quase sempre o mesmo: futebol.
A vitória mais saborosa
“Talvez tenha sido a vitória da Taça da Liga contra o FC Porto. Deu-me um título e essa foi a mais saborosa”.
O pior momento
“A nível profissional foi uma fase em que não jogava tanto. A nível pessoal foi a morte dos meus avós”.
A maior qualidade
“A minha maior qualidade acho que é o facto de ser trabalhador. Considero-me um jogador trabalhador, que está sempre pronto a dar o máximo. Quer jogue 90 ou 5 minutos. Sou um jogador agressivo, que gosta de dar um bom carrinho. Os meus colegas gozam comigo e dizem que festejo os cortes que faço, mas digo-lhes que muitas vezes vale o mesmo que um golo ou uma assistência”.
O SC Braga
“A minha passagem pelo SC Braga tem sido de crescimento a nível profissional e pessoal. Não me arrependo de forma alguma de ter vindo. Só me trouxe coisas positivas na minha vida. É com muito orgulho que represento este clube. Já conhecia bem o clube antes de vir e por conhecer bem é que aceitei vir. O clube tem-me valorizado e ajudado a mostrar o meu valor. Agradeço muito a esta estrutura que me deu a mão numa fase difícil”.
SC Braga com futuro risonho
“O SC Braga tem vindo a crescer a passos largos. Tem uma estrutura fantástica e já é um grande do futebol português. Está a crescer cada vez mais a nível nacional e internacional. As coisas estão a correr bem e assim espero que continue. Estou certo que coisas boas virão no futuro próximo”.
O primeiro golo como Gverreiro
“Foi um dos mais especiais. Foi no meu segundo jogo pelo Braga, o primeiro a titular e ainda por cima em nossa casa. Foi contra o CD Aves, estávamos empatados 1-1 e fiz, então o 2-1. Depois viríamos a ganhar 3-1. Foi muito especial e recordo com todo o carinho”.
O Golo na Luz
“Foi um golo muito especial, pela envolvência toda. O SC Braga não vencia na Luz há muitos anos. Mais importante do que o golo foi ganhar e quebrar o jejum de vitórias naquele estádio. Fiquei muito feliz, sobretudo com a vitória”.
O melhor ano da carreira
“Está a ser o meu melhor ano. Conquistamos uma Taça da Liga e sinto que tenho mostrado o meu valor. O grupo e a estrutura tem-me ajudado bastante. Desde os colegas, treinadores, departamento médico e de futebol. Sem eles nada disto seria possível”.
Quem motiva mais o grupo?
“Normalmente são os capitães que têm essa função. Mas dentro do grupo temos muita gente que se motiva. Estamos todos motivados para vencer. Não encontro um nome, porque acho que todos se motivam entre si”.
O sistema táctico preferido
“Gosto de jogar num sistema de 4-3-3, assim como o que jogamos actualmente. Mas o que gosto mais talvez seja o 4-3-3, porque me dá mais liberdade. Sinto-me confortável a jogar com um 8 e um 10 à minha frente”.
O mais aziado
“Ficamos todos. Ninguém gosta de perder e, quando temos um resultado negativo, ficamos todos chateados. Se alguém ficasse indiferente à vitória era muito mau”.
O melhor jogador do plantel
“Temos muito bons jogadores. Não posso dizer quem é o melhor, porque temos um grupo recheado de qualidade. O que temos vindo a fazer demonstra isso, caso contrário não aconteceria”.
Quem o ‘deita ao chão’ nos treinos?
“Não há assim nenhum que manda o chão (risos). Há colegas que sinto que gostam de me dar com um bocado mais de força, mas faz tudo parte. É tudo muito saudável”.
Como é aturar o Paulinho?
“Nada fácil de aturar. Tem um feitio muito especial, apesar de ser uma excelente pessoa. Tem um feitio complicado, imagino o que passa a mulher dele (risos)”.
Trincão
“O Trincão é um craque, um rapaz muito humilde e com grandes valores. Identifiquei-me muito com ele quando cheguei e é uma das pessoas com quem me dou melhor. Está sentado ao meu lado no balneário. Sei que vai dar muitas alegrias ao nosso país e que vai conquistar grandes coisas ao longo da sua carreira”.
O mais romântico
“O Esgaio. Sendo que me considero também. O João Novais também é um homem romântico”.
Os mais vaidosos
“Temos várias candidatos… Desde o Diogo Viana, ao Trincão, ao Rui Fonte, ao Paulinho… O Tiago Sá também. O Esgaio, o Horta…”
O mais chato
“Claramente o Diogo Viana. Não é uma pessoa muito fácil de aturar e está ali na luta com o Paulinho (risos)”.
O número 60
“Eu preferia o número 6, mas quando cheguei cá já estava ocupado tive que escolher algum relacionado com esse. Ficou o 60. O número 6 é diz-me muito por questões familiares e neste caso resolvi desta forma”.
Conselho aos que crescem na Cidade Desportiva
“Para trabalharem, serem responsáveis no que toca aos estudos. Não deixem de estudar! No que diz respeito ao futebol, há que trabalhar, ter persistência e ter atenção a todos os aspetos ao nível da alimentação, descanso e trabalho”.
Música favorita
“Vão me chamar puxa-saco, mas a minha música preferida é o hino do SC Braga (risos)”.
Papas de sarrabulho ou pica no chão?
“Pica no chão”.
O apoio da família
“A minha família tem dado um apoio fantástico desde sempre. A minha namorada tem tido um papel fundamental desde que estou aqui no SC Braga. Estou eternamente grato pela estabilidade que me dão para poder estar ao meu melhor”.
Jogador português favorito
“Gelson Martins”.
Desportos favoritos
“Gosto de ver ténis, basquetebol… Mas acima de tudo futebol. Sou viciado e é isso que dá na minha televisão”.
Os sítios que mais gosta em Braga
“Gosto muito da avenida central. É um dos sítios que vou mais. Gosto de ir passear com a Cuca e com a Patrícia. Também gosto muito do Bom Jesus, que é um sítio muito bonito e um dos primeiros que conheci. Tal como o Sameiro”.
Animais de estimação
“Tenho a Cuca”.
O isolamento
“Tenho treinado, tenho visto algumas séries e filmes. Brinco com a Cuca, faço bolos com a Patrícia. Estou a tentar aprender algumas coisas na cozinha”.
PES ou FIFA?
“Claramente FIFA”.
Um destino turístico
“New York… Mas acho que o que escolheria primeiro seria a Tailândia”.
Rituais
“Gosto de rezar um pouco antes de entrar em campo. É um momento meu, que me ajuda a concentrar e a entrar mais aliviado”.
Enervas-te facilmente em campo?
“Enervo-me claro, mas tento sempre manter a postura. Sou uma pessoa calma, mas enervo-me de forma saudável e sem faltar ao respeito a ninguém”.
