Pedro Amorim, tem 27 anos, e é um dos rostos da secção de badminton do SC Braga.

Define-se como competitivo, determinado e solidário, a fim de transmitir aos mais novos a experiência que foi adquirindo na modalidade. Esta temporada, o Gverreiro abraçou o cargo de dirigente desportivo. Aliado a isso, é atleta da modalidade e já conta com 61 medalhas ao serviço do clube arsenalista.

-Como surgiu o badminton na tua vida?

O badminton entrou na minha vida através das aulas de Educação Física quando frequentava o 8.º ano. Numa dessas aulas tive a oportunidade de experimentar e desde aí nunca mais deixei de jogar. Na altura praticava badminton no desporto escolar porque não havia clube federado em Viana do Castelo, de onde sou natural. Só mais tarde, quando vim estudar para a Universidade do Minho é que me federei pelo SC Braga. Aos poucos o gosto pelo badminton tornou-se mais sério. Agora não penso em largar, pois já faz parte da minha vida!

– Como descreves este teu percurso ao serviço do SC Braga?

Considero que está a ser um trajeto bastante positivo. Já são cinco anos com a camisola dos Gverreiros e, apesar dos percalços que tive pelo caminho, faço um excelente balanço. Acima de tudo, tenho cumprido maioritariamente com os objetivos a que me propus e isso deixa-me satisfeito e muito feliz. Recordo-me de iniciar o meu percurso na última divisão [Categoria D] e na época passada consegui chegar à I Divisão [Categoria Absoluta].

– Como é que concilias o teu trabalho com a prática desportiva?

Felizmente, tem sido fácil conciliar porque faço por gosto, embora reconheça que o meu dia a dia seja uma correria constante. Acredito que com organização e força de vontade tudo se consegue!

– Perspectivando o futuro, como te imaginas daqui a uns anos?

Sem dúvida que um dos meus objetivos é conseguir ao máximo conciliar o badminton com o meu trabalho na área da Geologia. São dois setores que me fascinam e, por isso, tenciono permanecer ligado a elas. Sei que não posso ser atleta para sempre, mas de alguma maneira quero continuar ligado a esta modalidade, seja como treinador ou dirigente desportivo como sou atualmente.

– A secção de badminton no SC Braga foi reaberta em 2017. Como tem sido a evolução da modalidade no Clube?

Durante estes cinco anos houve um aumento do número de praticantes, bem como da experiência dos atletas seniores. Aliado a isto, existe cada vez mais atletas formados no SC Braga com um nível bastante avançado. É gratificante ver que o todo o trabalho desenvolvido pela secção está a ter resultados. Além disso, a própria divulgação que o Clube tem tido nas suas plataformas tem ajudado bastante na promoção da modalidade, desencadeando uma maior procura de inscrições de atletas. Como treinamos numa escola onde há treino do desporto escolar antes dos nossos treinos isso permite-nos captar novos praticantes para a formação.

– Qual a importância que o Kiran Mekala, novo atleta indiano, terá na modalidade do Clube?

O Kiran Mekala tem uma vasta experiência nas competições internacionais de badminton e é um dos talentos emergentes a nível internacional, tendo como principal objetivo chegar ao top 50 do ranking mundial. Portanto, ter a experiência dele no Clube é fundamental para a evolução não só dos próprios atletas da nossa formação, mas também de toda a secção de badminton do SC Braga.

– Que benefícios a modalidade traz em relação a outros desportos?

O badminton traz diversos benefícios seja ao nível físico, mental e social. É um desporto que trabalha todos os grupos musculares. Além disso, as nossas raquetes são as mais rápidas do mundo, o que requer cinco fatores: muita energia, tática, reflexos rápidos, coordenação e estratégia. A nível mental ajuda a termos mais autoconfiança, a testarmos os nossos limites e também a traçarmos objetivos. Contudo, apesar de ser um desporto individual, existem provas de equipa e, como tal, essas competições são ótimas para ajudar-nos a socializar e a cooperar com outros atletas.