Está a decorrer o mais prestigiado torneio de futebol do continente africano, a Taça das Nações Africanas, mais vulgarmente conhecida por CAN.

Uma competição que conta com nomes como Sadio Mané, Mohamed Salah, Riyad Mahrez, Edouard Mendy, Kalidou Koulibaly, Achraf Hakimi, entre outros, conta também com um Gverreiro. Luís Asué está a representar a sua seleção, a Guiné Equatorial nos grandes palcos do futebol internacional.

Os Guineenses estavam inseridos no Grupo E, juntamente com a Costa do Marfim, a Argélia e a Serra Leoa. Um grupo verdadeiramente complicado, que contava com duas seleções candidatas ao título, sendo uma delas a atual campeã em título. Contra todas as previsões, os Guineenses ficaram em segundo lugar no grupo, vencendo a Argélia e a Serra Leoa.

O jovem avançado deu o seu contributo nos três jogos da fase de grupos e apenas aos 20 anos de idade (mais novo da convocatória da sua seleção) tem demonstrado toda a sua qualidade.

Nos oitavos de final vão enfrentar a seleção do Mali que terminou no primeiro lugar do Grupo F.

Tivemos a oportunidade de entrevistar Asué, que nos contou como tem sido esta aventura que ainda dura e tudo o que tem significado para si, para a sua família e para os adeptos do seu país.

És o jogador mais jovem da convocatória da Guiné Equatorial. Como te sentes a ser chamado para uma fase final de uma competição tão importante sendo assim tão novo?

É um sonho que estou a viver muito cedo. A felicidade não é só minha, mas também é da minha família. É um orgulho poder defender as cores do meu país na maior competição do continente africano.

Para muitos vocês estavam inseridos num dos grupos mais complicados, juntamente com dois dos favoritos, a Costa do Marfim e a Argélia. Muito achavam que não iam passar esse grupo, mas conseguiram. O quanto significou esta passagem?

É certo que quase ninguém acreditava em nós, mas como a família que somos vamos para todos os jogos a acreditar que nada é impossível. Esta passagem significa muito para toda a Guiné. 

Conseguiram vencer a Argélia de forma categórica na segunda jornada, após terem perdido na primeira jornada com a Costa do Marfim. Após essa derrota de que forma é que se prepararam para conquistar essa vitória? Pudeste defrontar o teu ídolo Riyad Mahrez, podes descrever esse momento?

Conseguimos vencer a Argélia que é a atual campeã em título. É com essa atitude e mentalidade que queremos entrar em todos os jogos. Foi um momento incrível que nunca vou esquecer. Infelizmente pelo resultado e o que a derrota significou para eles não pude ter aquele momento com o qual todos desejamos quando estamos diante da pessoa que mais admiramos. Mas vou recordar sempre a experiência de o ter enfrentado.

De que forma ficaram os adeptos do vosso país após garantirem esta qualificação?

Gostaria de poder mostrar os vídeos que as pessoas da Guiné nos mandam, não dá para imaginar. As pessoas estão eufóricas com tudo o que estamos a fazer. Queremos continuar a dar-lhes alegrias.

Amanhã vão defrontar o Mali, uma seleção que passou em primeiro lugar no grupo. Eles contam com jogadores com muita qualidade, estão à espera de um jogo muito complicado?

Sem dúvida vai ser o jogo mais complicado até ao momento. É um jogo a eliminar e temos de estar no nosso melhor para conseguirmos passar à próxima eliminatória.

Até onde pensam que podem chegar no torneio?

Sabemos que temos feito muito, mas não queremos ficar por aqui. Não vamos assumir um objetivo, pensamos jogo a jogo e vamos dar sempre o máximo em cada um deles.

A nível pessoal, esta presença numa fase final aliada a uma boa época na equipa Sub-23 deixa-te satisfeito. Que objetivos esperas alcançar mais?

A nível pessoal, quero continuar com os olhos postos no futuro. Tenho o sonho de me estrear na equipa A. Acima de tudo quero continuar a viver este momento incrível e aproveitar ao máximo.