A Sporting Clube de Braga – Futebol, S.A.D. (doravante abreviadamente designada ′′Braga SAD′′ ou ′′Sociedade′′) vem apresentar os principais indicadores económico-financeiros referentes à época desportiva 2023/24.

Num exercício marcado pelo regresso à maior competição mundial de Clubes, a UEFA Champions League, a Braga SAD alcançou um EBITDA de 26,945 Milhões de Euros e um resultado líquido de 17,342 Milhões de Euros.

A Sociedade foi capaz de gerar rendimentos globais superiores a 90 Milhões de Euros, os mais elevados de sempre desde a sua constituição. Os rendimentos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas) atingiram os 55,152 Milhões de Euros, sendo alcançados valores recorde em diversos segmentos, nomeadamente, receitas decorrentes da participação em competições, corporate, publicidade e merchandising. Já os rendimentos líquidos obtidos em operações com direitos de atletas ascenderam a 34,882 Milhões de Euros, essencialmente, resultantes da alienação dos direitos de inscrição desportiva dos atletas Álvaro Djalo ao Athletic Club (Espanha) e Al Musrati ao Besiktas JK (Turquia).

Já a evolução verificada ao nível dos gastos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas), que ascenderam a 59,630 Milhões de Euros decorre, fundamentalmente, do crescimentos das rubricas de gastos com pessoal e fornecimentos e serviços externos, em larga medida, resultado de i) investimento realizado com vista o reforço (em particular) da equipa principal, ii) pagamento de prémios de desempenho, essencialmente, pelo acesso à Fase de Grupos da UEFA Champions League e conquista da Taça da Liga e iii) entrada em funcionamento da segunda fase da Cidade Desportiva. Pela elevada representatividade na estrutura de custos da Sociedade, refira-se que as remunerações do pessoal ascenderam a 21,767 Milhões de Euros, ao que acresceram prémios de desempenho (5,985 Milhões de Euros), prémios de assinatura (3,712 Milhões de Euros), encargos sobre remunerações (2,846 Milhões de Euros), seguros de acidentes de trabalho (3,149 Milhões de Euros), entre outros (1,353 Milhões de Euros). Estes valores incluem todos os gastos inerentes aos atletas (masculinos e femininos), treinadores e staff que compõem as equipas da Braga SAD, nomeadamente formação (sub-15, sub-17 e sub-19), equipa sub- 23, equipa B e equipa principal, e demais colaboradores.

No que se refere à posição financeira, o Ativo da Sociedade atingiu os 168,033 Milhões de Euros registando um crescimento de 49,410 Milhões de Euros face ao período homólogo (42%), consubstanciando a data de relato em que tal grandeza evidencia maior significância, sendo os pilares basilares da mesma o investimento efetuado pela Braga SAD na sua Cidade Desportiva, os valores a haver de terceiros (em particular decorrentes da alienação de direitos de inscrição desportiva de atletas) e o valor do respetivo plantel – neste caso concreto, nunca deverá ser descurada a sua considerável subavaliação que, mensurado ao custo de aquisição, não reflete o seu efetivo valor de mercado, especialmente no que respeita aos jovens formados na Cidade Desportiva, inequivocamente um dos principais ativos da Sociedade.

Por sua vez o Passivo ascendeu a 88,028 Milhões de Euros, denotando um acréscimo de 32,067 Milhões de Euros (57%) que deverá ser enquadrado, contudo, num contexto de investimentos relevantes quer no reforço do plantel principal da Sociedade (designadamente na aquisição dos direitos de inscrição desportiva dos atletas Bruma, João Marques, Robson Bambu, Thiago Helguera, El Ouazzani, entre outros), quer na prossecução das edificações da 2a fase da Cidade Desportiva e do Estádio.

A Braga SAD concluiu a temporada 2023/24 com Capitais Próprios positivos de 80,005 Milhões de Euros, o que corresponde ao montante mais elevado de sempre da Sociedade (mais de 13 vezes o seu capital social), cenário que permite uma autonomia financeira de 48%.

Em suma, os principais indicadores da Sociedade, por referência aos exercícios findos a 30 de junho de 2024 e de 2023, encontram-se detalhados no quadro seguinte: