O jogo contra o UR Cadima, para a Taça de Portugal, foi especial por vários aspetos. E Madalena Marau que o diga. A Gverreira esteve praticamente um ano afastada da competição devido a uma lesão e regressou à ação com uma ‘clean sheet’ e um golo.

O momento:  “⁠Surgem muitas questões, muitos porquês, muito sentimento de injustiça sobre o timing em que ocorre a lesão. No entanto, a mentalidade foi a mesma desde o princípio. Com altos e baixos, mas com a vontade de regressar mais forte e a fazer aquilo que mais gosto”.

Dificuldades: “⁠Sem dúvida que das coisas mais dolorosas é estar longe de casa. Estou longe das minhas pessoas e da minha família por um sonho e estar impedida de o realizar foi muito difícil de gerir”.

Companheira de recuperação: “⁠Não desejo esta lesão a ninguém, muito menos pela segunda vez, mas ter a Leah ao meu lado foi um suporte extra. Travámos juntas esta batalha e somos jogadoras muito ambiciosas e com objetivos semelhantes. Sem dúvida que tornou o processo menos difícil”.

Saúde mental: “⁠É um tema sensível. Tive muitos momentos que fui a baixo e caí. Sei que me lesionei no meu melhor momento, estava no auge e muito perto de atingir alguns sonhos individuais. No entanto, tive e tenho as pessoas certas do meu lado e que me ampararam sempre nas quedas. Hoje, ainda tenho muitas questões que me assolam a cabeça e que jamais terei respostas, mas faz tudo parte deste processo, infelizmente. É tempo de mudar de capítulo”.

Regresso: “É sempre mágico. Não há palavras que descrevam a sensação de voltar aos jogos oficiais após lesão. Mostrei que estou bem, que estou pronta para a competição e não havia nada melhor do que regressar com um golo”.

Futuro: “Acima de tudo, quero conquistar títulos. Sei que estou no sítio certo para isso. Quero voltar a batalhar pelos meus sonhos coletivos e individuais e regressar ainda melhor do que aquilo que saí”.

O futuro é incerto, mas há uma certeza: podem contar com a Gverreira Madalena Marau.