Na antevisão ao desafio dos oitavos de final da Taça de Portugal, frente ao Caldas SC, Carlos Vicens destacou a importância da competição e da imprevisibilidade da mesma. O treinador do SC Braga abordou também as recentes polémicas de arbitragem e a derrota no último encontro frente ao Estoril Praia.
Antevisão: “É um jogo especial, numa competição especial. Sabemos das características destes jogos. São partidas de vida ou morte porque só passa um e em cada ronda de Taça tivemos surpresas. Temos de entrar com uma mentalidade para um jogo especial, com uma energia extra, motivação extra, competitividade e níveis de agressividade e competitividade necessários para que caia para o nosso lado. Temos de ter uma mentalidade extra”.
Reação face ao último encontro: “ É com a mentalidade de reagir que temos de enfrentar o jogo. É uma competição em que ou passas ou estás fora. Mais do que o momento, estamos a falar de uma eliminatória. Estas competições têm algo que as fazem diferentes, porque uma de duas não seguirá em frente. Os momentos importam um pouco, sim, o campo onde se vai jogar, entre outras coisas, mas amanhã só podemos ganhar.”
Jogo com o SL Benfica: “Não está no nosso pensamento. Nestes dias em que falámos com os jogadores não saiu da minha boca a palavra Benfica. Depois há o Natal, em que os jogadores vão estar com as suas famílias, há suficientes coisas antes para se pensar nesse jogo. Temos que ter todo o pensamento no jogo como Caldas, porque se não estivermos, o jogo vai fazer com que estejas. À primeira adversidade e ao primeiro duelo perdido, ao primeiro ‘ui’, ou te empenhas ou não vais passar. É um jogo que exige uma energia especial, é território desconhecido e tens de te preparar para isso porque senão corres o perigo de ficar de fora”.
Cansaço da equipa: “Amanhã é o jogo 31, sabemos que são sempre dois ou três dias de recuperação. Sempre que houver falta de frescura temos que trabalhar muito duro para sermos capazes de sobrepor a isso uma mentalidade seja a 100 por cento. Não é só uma questão física, também há um desgaste emocional. Essa é a diferença das equipas de topo: quando não estão a 100 por cento fisicamente conseguem dar esse extra, essa mentalidade mais forte, independentemente do adversário ou da competição.”
Polémicas da arbitragem: “Já disse que penso que todos os que fazemos parte desta indústria temos, com diferentes papéis, uma responsabilidade individual de tentar ajudar o futebol em geral. Todos devemos tentar ajudar a que o futebol, a imagem do futebol português seja a melhor possível. Portugal é um país de futebol, com uma história incrível, com uma seleção espetacular, academias incríveis, um nível de treinadores portugueses altíssimo, sendo exemplo para outros países. Tendo isto em conta, penso que o foco devia ser menos a arbitragem e mais em tentar ajudar os árbitros naquilo que podemos.”
