O SC Braga confirma ter sido hoje notificado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) da interdição do Estádio Municipal de Braga por dois jogos e ainda de uma multa no valor de 13.388 euros. Esta decisão surge em resultado do processo disciplinar aberto ao SC Braga e a Custódio Castro, apurada com base em mais uma queixa feita pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF).

Por não concordar nem aceitar minimamente aquilo que o Acórdão determina, o SC Braga irá recorrer a todos os meios ao seu alcance para contestar esta decisão, a qual, acreditamos firmemente, irá ser revertida.

No entanto, e apesar deste processo ainda se encontrar numa fase embrionária, é absolutamente incompreensível que em Portugal se continue a dar voz a uma entidade que pretende, de forma corporativista e muitas vezes injusta, limitar a evolução do nosso futebol, aplicando regras altamente castradoras ao crescimento e afirmação de jovens treinadores.

E porquê? Será para proteger a ‘velha guarda’ de treinadores nos campeonatos profissionais? Será para manter o círculo fechado e controlado por uma única entidade? Será para encher os cofres da ANTF com os créditos e cursos exigidos para atingir os níveis necessários? Haverá alguém que considere normal que um treinador de futebol habilitado para estar na Liga NOS seja obrigado a cumprir os mesmos anos que um curso de medicina com especialidade (8 anos)?

Queremos acreditar que nenhuma destas possibilidades sussurradas nos bastidores do futebol sejam verdade e que haja, efetivamente, uma razão válida e desinteressada para esta “perseguição” aos jovens treinadores portugueses de inegável potencial. Queremos acreditar. Mas está difícil…