Um duas de letra entre quatro Gverreiros que colocaram o SC Braga no topo do Futebol de Praia mundial. Num dia especial para o capitão Bruno Torres, que completa 40 anos de vida, a rubrica da NEXT juntou-o a Léo, Bê Martins e Jordan para responderem às perguntas dos adeptos do clube arsenalista.

Nessa conversa partilharam-se histórias e acima de tudo sentiu-se o carinho que os Gverreiros da Areia têm pelo SC Braga, um dos fatores que todos reconhecem como essencial para todo o sucesso do clube na modalidade.

O que significa fazer parte do melhor clube do mundo?

Jordan: “É uma honra enorme representar este clube e fazer parte desta equipa que tem excelentes jogadores. Somos uma verdadeira família e é um orgulho pertencer ao melhor clube do mundo”.

Bruno Torres: “É uma responsabilidade enorme fazer parte de uma equipa com excelentes jogadores e com um staff fantástico que nos tem dado todas as condições para estarmos no topo do mundo”.

Léo Martins: “É um orgulho enorme fazer parte de um clube que aposta tanto e que investe tanto para nos dar as melhores condições”.

Qual foi o clube que mais vos marcou fora do país?

Bruno Torres: “Ligniano Sabiadoro foi a primeira equipa que joguei fora do país e marcou-me por isso. Fui muito bem tratado em Itália”.

Bê Martins: “Jogamos em muitos clubes fora do país, mas gosto de jogar em vários clubes no Campeonato Russo. No entanto, nunca me senti em nenhuma equipa como me senti no SC Braga”.

Léo: “O Nápoles marcou-me, joguei pelo clube nos últimos anos e fui muito bem tratado lá”.

Como pode evoluir o futebol de praia em Portugal?

Bruno Torres: “Existem vários fatores. Acredito que era importante existir mais competição… se o quadro competitivo for mais alargado irá existir mais aposta dos clubes e mais oportunidades para os atletas”.

Bê Martins: “Competição e visibilidade são essenciais para o crescimento da modalidade”.

Léo e Bê, qual deles é o mais competitivo?

Bruno Torres: “No plano desportivo não há diferenças, são atletas que se entregam a 200% e que não gostam de perder. A evolução deles no Futebol de Praia tem sido tremenda. Já conquistaram muito e vão conquistar muito mais”.

Jordan: “Deixa-me só acrescentar que o Léo é o mais chato (risos)”.

Bruno Torres, qual foi o melhor golo que já marcaste?

Bruno Torres: “O golo do Mundial contra a Espanha foi um dos mais bonitos. Depois, tenho um golo de bola parada no Campeonato Mundo frente ao Senegal e um de bicicleta contra o Brasil no Mundialito de Seleções”.

Qual é o segredo para ganharem tantos troféus?

Léo Martins: “O segredo é sermos uma família. O nosso grupo é muito forte e muito unido, corremos uns pelos outros dentro de campo”.

O Braga é a equipa base da seleção portuguesa. Como é visto isso por vocês?

Bruno Torres: “É sinal do nosso sucesso. Existem muitas rotinas que trabalhamos na seleção que também trabalhamos no Braga. Esperemos que isto continue assim por muitos anos, é sinal que o trabalho do SC Braga está a ser bem feito”.

Quais são os vossos passatempos nessa quarentena?

Bruno Torres: “Treinar e estar com o meu filho. Tento dar o máximo de atenção ao meu filho e treinar para estar bem fisicamente”.

Jordan: “O meu é idêntico ao do Bruno. Também tenho jogado Counter-Strike, tenho mandado uns tiros para passar o tempo”.

Léo Matins: “Tenho aproveitado para estar com os meus filhos porque quando regressarmos vai ser mais difícil”.

Bê: “Tenho visto uns filmes, algumas séries e tento estar o máximo de tempo possível com a minha família. Tenho treinado muito para voltar na melhor forma possível”.

Qual de vocês é melhor no FIFA?

Bê: “Nos últimos trinta anos tenho sido eu (risos)”.

Capitão, qual é o peso da braçadeira do SC Braga?

Bruno Torres: “A braçadeira pesa muito. Não é fácil capitanear uma equipa como o SC Braga, mas felizmente tenho ao lado grandes homens. A minha liderança é partilhada, por isso é que temos muito sucesso”.

Jordan, qual é a tua referência no futebol de praia?

Jordan: “Tenho vários… Madjer, Amarelle, Jorginho e Benjamim. Todos eles meteram-nos o bichinho para darmos o nosso melhor na modalidade”.

Acreditam que ainda vão competir este ano?

Bê Martins: “Acreditamos que em breve as coisas vão melhorar e que vamos voltar a fazer o que mais gostamos”.

Quais as principais responsabilidades que um capitão deve assumir?

Bruno Torres: “Zelar pelo bem estar dos meus colegas e tornar a tarefa deles o mais fácil possível. Um capitão tem de ser um exemplo para os seus companheiros”.

Bruno Torres, o que mudou ao ser capitão e treinador da equipa?

Bruno Torres: “O Bê pode responder a isso porque passa os estágios comigo e vê a diferença que é estar na Seleção e no clube. A partir do momento que fui para treinador as rotinas mudaram um pouco e a responsabilidade tornou-se ainda maior. A partir do momento que me tornei treinador tive de olhar mais para os aspetos técnico-táticos”.

Jordan:E ficas mais sério como treinador (risos)”.

Achas que vais ser novamente o melhor do mundo em 2021?

Jordan: “Vou claro, e se não tivermos competição vou de certeza (risos). Acredito que se o Braga tiver os mesmos êxitos, tanto eu como os meus colegas vamos ter mais possibilidades de ganhar esse troféu”.

Qual foi a sensação de ser bicampeão do mundo pelo melhor clube do mundo?

Bê Martins: “Pelo SC Braga tem um sentimento especial. É um clube onde nos sentimos em casa e por isso é uma alegria enorme”.

Qual é o principal foco do SC Braga para as próximas competições?

Bê Martins: “O principal foco é continuar a ganhar. Quem joga no Braga não pode ter outra mentalidade”.

Quantas camisolas já rasgaste a festejar?

Jordan: “Já rasguei algumas (risos). É como eu digo: quem não sente, não entende. Jogar pelo Braga é muito especial”.

Jordan, qual foi o melhor golo da tua carreira?

Jordan: “Na final da Euro Winners 2017 pelo SC Braga, foi um golo muito bonito e muito especial. Foi um dos que deu origem ao primeiro título da Liga dos Campeões”.

Qual o hino mais bonito? O brasileiro ou o português?

Bê Martins: “É o português”.

Porque escolheram o Futebol de Praia e não o futebol de 11?

Bê Martins: “Foi o Futebol de Praia que me escolheu. Entramos no futebol de praia para estarmos bem fisicamente e acabamos por apaixonarmos pela modalidade”.

Jordan: “Jogava futebol de 11, mas entrei no Futebol de Praia muito cedo. Aos 17 anos, dediquei-me totalmente ao Futebol de Praia e tomei a decisão certa”.

Bruno Torres: “Quando deixei de jogar futebol de 11, surgiu a primeira chamada à Seleção Nacional. A partir dessa chamada levei o Futebol de Praia mesmo muito a sério”. 

Existe alguma conquista que falte ao futebol de praia do Braga?

Bruno Torres: “Falta a próxima, ainda faltam muitas mesmo”.

Jordan: “Faltava a Taça de Portugal e ganhamos. Todas as competições em que o SC Braga entra é para ganhar. Já estamos focados em conquistar a próxima”.

Jordan, qual foi a mensagem mais especial que recebeste de um adepto do Braga?

Jordan: “Recebo muitas e guardo todas com muito carinho”.

Quem é o mais preguiçoso do balneário?

Bruno Torres: “Entre mim e o Jordan eu não sou de certeza (risos). Bokinha e os gémeos são os últimos a sair do balneário, por isso na equipa devem sem eles”.

Qual é o jogador da equipa principal de Futebol que podia dar uns toques na equipa de Futebol de Praia?

Jordan: “O Esgaio tem muito jeito. Quando ele acabar a carreira pode vir jogar Futebol de Praia. Aposto que se vai safar muito bem”.