Observaste bem o símbolo do Brøndby IF? Estava tudo nos símbolos… O poço que serve de brasão do emblema dinamarquês deu de beber ao SC Braga, providenciando-lhe espírito gverreiro e alguma fortuna, aos quais os gverreiros de Ricardo Sá Pinto souberam juntar a sua enorme qualidade.

Assim, o SC Braga sai com um tremendo triunfo por 2-4 da Dinamarca, estando com um pé e meio colocado na fase seguinte da UEFA Europa League. Mas vamos à forma como tudo isto aconteceu…

A jogar perante os seus fervorosos adeptos, o Brøndby IF entrou a todo o gás na partida. Algo atordoado com tamanha efervescência, o SC Braga sentiu dificuldades em ligar o seu jogo, pelo que o golo dos dinamarqueses como que se foi pressentindo.

 

 

O míssil de Kaiser – quais asas, Matheus – serviu de despertador aos bracarenses, que a partir daí assumiram o controlo da bola e dos acontecimentos. Dessa forma, o a resposta ao golo sofrido não tardou a chegar… e surgiu em dose dupla.

 

 

André Horta serviu Paulinho para o empate aos 18 minutos e serviu-se do erro de Radošević para completar a cambalhota no marcador. Totalmente justo ou não, a verdade é que até ao apito para o descanso não faltaram ocasiões para os Gverreiros do Minho dilatarem a vantagem.

 

 

O arranque do segundo tempo foi uma espécie de flashback do primeiro… O Brøndby IF entrou novamente forte e, adivinhe, voltou a marcar por… imagine… Kaiser. As dificuldades em ter bola voltaram, é verdade, mas a sobriedade nunca foi perdida.

 

 

Com um resultado que não era perfeito mas que não deixava de ser positivo, o SC Braga soube ter a inteligência necessária de aceitar a superioridade momentânea do adversário, perceber a sua sofreguidão… e esperar pelo momento certo para atacar.

 

 

E a furtividade estava no banco… Novais, Hassan e Murilo foram lançados por Ricardo Sá Pinto e trouxeram os condimentos que o técnico procurava. Novais agarrou a bola e escondeu-a dos adversários. Hassa idem… oferecendo o golo a Ricardo Horta… Murilo colocou em sentido quem à sua frente se atravessou e construiu o lance do quarto golo.

 

Em Braga há uma superioridade para vincar, mas acima de tudo uma eliminatória para carimbar. Em Braga há uma equipa que deixa água na boca… e um Ricardo Sá Pinto com aquelas dores de cabeça que qualquer treinador quer.