Caros Associados,

Depois da intensa procura com vista à deslocação para a final da Taça de Portugal, que levou a que os autocarros e comboios até agora garantidos já se encontrem lotados, sinto ser meu dever assumir, enquanto Presidente do SC Braga, que é devido aos sócios um esclarecimento sobre os condicionalismos verificados.

As limitações com as quais os associados se têm deparado – e que em conjunto com os parceiros estamos ainda a tentar mitigar – só podem merecer do SC Braga um profundo lamento, que nos obriga a retirar deste processo uma reflexão interna que garanta a melhor operacionalização futura.

Devo informar, porém, que o SC Braga iniciou a sua organização com vista a esta final logo após o jogo da 1.ª mão das meias-finais, assumindo que o resultado então averbado recomendava ações de antecipação, sem prejuízo da necessária confirmação do jogo da 2.ª mão.

Considerando que em anteriores finais de Taça houve parcerias com a Câmara Municipal de Braga e a AGERE no âmbito das deslocações em autocarro, o SC Braga questionou a autarquia no sentido de repetir a parceria e os procedimentos adotados, tendo sido confirmado que o município contribuiria com a disponibilização de 100 autocarros e que iria encetar os contactos necessários à sua garantia.

Face às imensas dificuldades encontradas neste processo, por força da enorme procura prévia por parte de outros sectores de atividade e das limitações de resposta do mercado privado, a CM Braga assumiu – já dentro do período de venda de bilhetes – que, apesar dos esforços, se encontrava muito aquém dos objetivos estabelecidos, tendo apenas assegurado 19 autocarros. Foi então sugerido pela autarquia que esta procurasse acrescentar a solução por comboio, responsabilizando-se também pela respetiva logística.

Por seu turno, o SC Braga reforçou os contactos junto das empresas de camionagem com as quais colabora ao longo do ano e expandiu a procura no mercado, incluindo Espanha, com isso garantindo dezenas de viaturas, ainda assim insuficientes para a procura verificada.

Apesar do processo relatado e das competências acordadas, bem como do trabalho conjunto desenvolvido, o facto é que a resposta insatisfatória às necessidades dos associados cria um constrangimento que, pela sua parte, o Clube não pode deixar de reconhecer e lamentar, acrescentando que tanto o SC Braga como a CM Braga e a AGERE continuarão a encetar todos os esforços no sentido de acrescentar soluções de deslocação aos associados que delas pretendam beneficiar.

Assumo, contudo, que nos cumpre, enquanto SC Braga, assacar as nossas próprias responsabilidades, tendo presente a importância do compromisso estabelecido com os associados, a resposta insatisfatória que tem sido dada ao mesmo e a necessária retirada de conclusões que assegure melhores processos futuros.

O Presidente do SC Braga,

António Salvador