Renato Pereira, 27 anos, é atleta de taekwondo do SC Braga desde 2020. Em cinco anos de percurso no Clube, tornou-se uma verdadeira referência da modalidade, tanto pelos resultados alcançados como pela atitude dentro e fora do tatami. É hoje um exemplo para os mais jovens da formação, pelo compromisso, profissionalismo e dedicação que coloca em tudo o que faz.
Início do taekwondo: “A certa altura, quis aprender um desporto que me permitisse saber defender, e os meus pais concordaram. Experimentei outras artes marciais antes, mas quando vi o taekwondo, fiquei imediatamente entusiasmado. Todos aqueles pontapés e movimentos rápidos fascinavam-me. Foi amor à primeira vista”.
Desafios das competições: “Todos os combates são desafiantes, cada um à sua maneira. Porém, acredito que o controlo mental durante as competições é o desafio mais exigente e, ao mesmo tempo, o fator mais determinante para um bom desempenho”.
Uma memória especial: “Um dos momentos mais marcantes foi um dos primeiros Opens que participei, em 2015. Tinha 17 anos e venci quatro atletas de grande nível nacional. Na altura, parecia irreal, mas aconteceu. É uma prova que guardo com muito carinho e que continua a motivar-me até hoje”.
Marcos na carreira desportiva: “A conquista do meu primeiro título de campeão nacional, a primeira medalha num Europeu Universitário e a estreia na Seleção Nacional, com a convocatória para o Campeonato do Mundo em 2019, foram momentos marcantes na minha carreira.”
Chave para manter o bom desempenho: “Sem dúvida, o trabalho mental que desenvolvo diariamente. Manter-me organizado e consciente das minhas tarefas, bem como da forma como as devo executar, é essencial.”
Ritual pré-competição: “Ouvir música talvez seja o principal ritual. É aquilo que me acalma e, ao mesmo tempo, o que me eleva”.
Gestão do tempo: “Consigo conciliar todos os treinos. Sou personal trainer, o que me permite trabalhar por agenda. Felizmente, tenho alunos que conhecem os meus objetivos e estão disponíveis para colaborar caso seja necessário”.
Trajetória no Clube: “Estou no SC Braga desde 2020, portanto há cinco anos. Tenho muitas memórias boas e guardo momentos inesquecíveis com toda a equipa. No entanto, quando me sagrei campeão nacional pela primeira vez ao serviço do SC Braga, foi algo marcante. Toda a equipa sénior também o foi. Estávamos todos com o mesmo objetivo, treinávamos diariamente para isso e, juntos, conseguimos cumprir o que estava estabelecido”.
Ser referência no SC Braga: “Não o vejo como uma responsabilidade extra, mas sim como uma energia positiva por saber que posso transmitir coisas boas aos mais novos. É muito gratificante saber que olham para mim com o objetivo de aprenderem e evoluírem”.
Sentimento de responsabilidade: “É um enorme orgulho representar o meu clube, a minha modalidade e o meu país em competições internacionais de alto nível. O sentimento que mais me acompanha é a felicidade por estar ali, por ter essa oportunidade e por saber que vou desfrutar e aprender com cada experiência”.
Inspiração no taekwondo: “Dentro da modalidade, destaco a Joana Cunha, o Júlio Ferreira e o Rui Bragança. São três pessoas com quem privei diariamente, de quem aprendi muito, e com quem percebi verdadeiramente o que é ser um atleta de elite. Todos eles são extremamente dedicados, apaixonados pela modalidade e dispostos a abdicar e a lutar pelos seus objetivos”.
Metas para o futuro: “Treinar da melhor forma e dar o meu melhor em todas as competições. Acredito que o resto acontecerá naturalmente, como consequência do trabalho que está a ser feito”.
Autorretrato: “Sou uma pessoa comunicativa e alegre. O valor que mais prezo é o respeito. A minha grande paixão é poder ajudar alguém a crescer ou a melhorar em algum aspeto da sua vida”.