Golos, bom futebol, serenidade e mais um passo rumo à final. Nem a chuva que se fez sentir em Braga travou a ambição dos Gverreiros, que venceram o CD Santa Clara e carimbaram a qualificação para as “meias” da Taça de Portugal (2-1).

Mais um desafio, mais uma revolução no onze inicial. Carlos Carvalhal voltou a fazer oito alterações relativamente à equipa que venceu o Gil Vicente na terça-feira. Destaque para a presença de Cajú no banco de suplentes: o brasileiro, de regresso a Braga, era uma das opções para o encontro dos “quartos” da Taça de Portugal.

Domínio arsenalista nos instantes iniciais, com os Gverreiros a cercarem a área dos açorianos. A primeira grande oportunidade de golo surgiu aos 12 minutos, com um forte remate de Ricardo Horta a sair a centímetros da baliza defendida por André Ferreira. Só dava Braga na Pedreira e golo inaugural surgiu à passagem do minuto 25. Excelente trabalho de Abel Ruiz dentro da área dos açorianos e Ricardo Horta está no sítio certo para carimbar o primeiro golo da noite.

Apesar da lesão e consequente saída de Iuri Medeiros à meia hora de jogo, os bracarenses não tiraram o pé do acelerador e continuaram a controlar as incidências do jogo. Sem surpresa, o segundo golo da noite chegou ainda antes do intervalo. Galeno serviu Abel Ruiz e o espanhol não vacilou. Sexto golo do avançado esta temporada, todos eles nas Taças (Taça de Portugal e Taça da Liga). O 2-0 ao intervalo face ao caudal ofensivo da turma de Carlos Carvalhal no primeiro tempo.

Na segunda parte, já com Raul Silva em campo em detrimento de Sequeira, os Gverreiros continuaram com a mesma intensidade. Apesar da vantagem de dois golos, o SC Braga era a única equipa que criava perigo e sinal disso foi a grande oportunidade para quase sentenciar a partida aos 55 minutos. Na cara do golo, Ricardo Esgaio rematou ao poste da baliza do Santa Clara.

Sem argumentos para contrariar o domínio arsenalista, o Santa Clara praticamente não incomodou Matheus, que foi um mero espectador da excelente exibição do conjunto de Carlos Carvalhal. O técnico ia fazendo uma gestão da sua equipa, promovendo as entradas de André Horta, André Castro e Paulinho durante o segundo tempo. Aos 80 minutos, mais um lance perigoso dos bracarenses. Brilhante movimento ofensivo do SC Braga, com Piazón a encontrar Ricardo Horta que empurrou o esférico para o fundo das redes, mas o internacional português estava em posição irregular. Numa partida de controlo total dos arsenalistas, ainda houve tempo para o “golo de honra” do Santa Clara, mas o destino estava traçado: o SC Braga estava na próxima fase da “prova rainha”.

Passaporte carimbado para as meias-finais da Taça de Portugal, com um boa exibição dos arsenalistas. Na segunda-feira, os Gverreiros têm um novo desafio: o adversário é o Moreirense, em jogo a contar para a 16ª jornada da Liga NOS.