O Mundo atravessa um dos períodos mais sombrios da sua história recente. A guerra que assola território europeu está a milhares de quilómetros de distância de Portugal, mas as imagens de desespero do povo ucraniano estão bem vivas no nosso dia a dia e trespassam-nos o coração. Este vil ataque perpetuado pela Rússia de Vladimir Putin não deixa indiferentes todos aqueles que cresceram na liberdade e que acreditam nos valores da democracia.
Do alto dos seus mais de 100 anos de história ao serviço da comunidade bracarense, da região minhota e de Portugal, o SC Braga não poderia, de maneira nenhuma, ficar arredado deste conflito que nos afeta, que nos comove e que nos revolta.
Estamos do lado certo da história. E esse lado só poderá ser pelo fim da guerra, pela defesa da liberdade, pela preservação da democracia e, acima de tudo, pela valorização das vidas humanas.
O SC Braga é mais do que um clube de futebol. É uma entidade de referência nacional e internacional e que sempre manteve bem presente o seu papel enquanto dínamo de responsabilidade social. Por isso, neste período de grande complexidade geopolítica, acreditamos firmemente que o desporto deve ser um meio de agregação e inclusão.
É, portanto, neste contexto em que a solidariedade e a união terão de prevalecer sobre a frieza dos raides aéreos ou a intempérie das balas, que o SC Braga se propõe a prestar auxílio a todos aqueles que fogem da barbárie da guerra que assola, por estes dias, território ucraniano.
Reconhecendo e enaltecendo o trabalho que tem sido desenvolvido por este Governo na abordagem ao conflito, o SC Braga mostra-se amplamente disponível para receber refugiados oriundos da Ucrânia, integrando-os na sociedade portuguesa e bracarense e garantindo-lhes emprego nas mais variadas áreas do Clube, tudo isto ao abrigo do mecanismo simplificado para a obtenção de proteção temporária por parte de refugiados ucranianos.
Mais do que um ato solidário, este é um dos grandes propósitos do SC Braga: aliar o lado desportivo à vertente social, ajudando todos aqueles que, pelas mais variadas razões, gritam por auxílio. Foi assim com a entrega de 90 toneladas de alimentos aos refugiados que chegaram à Grécia em 2016; será assim com os refugiados que, agora, escapam de um conflito que atenta a liberdade e a democracia.