NOTA INFORMATIVA

A temporada de 2021/2022 foi encarada pelo SC Braga (e pelo mundo do desporto em geral) com o intuito de ver recuperado o tempo perdido nas últimas duas épocas, que se evidenciaram violentamente impactadas pelos efeitos nefastos do surto pandémico provocado pelo SARS-CoV-2 (vulgo, Covid-19). A conjuntura adversa vigente naquelas temporadas, das mais árduas de que há memória na história deste Clube centenário, pautou-se por sucessivos avanços e recuos nas medidas restritivas impostas pelas Autoridades de Saúde em resposta à situação epidemiológica vivenciada que, não raras vezes, condicionaram ou impossibilitaram a prática desportiva das diversas modalidades em contextos de treino e suspenderam, cancelaram ou adiaram provas e competições. 

Este contexto, pautado por uma incerteza sem precedentes e um receio globalizado, dificultou deveras a missão do SC Braga de promover e difundir a cultura física e o desporto, cenário bem patente na quebra significativa constatada, desde março de 2020, ao nível do respetivo número de desportistas/utentes, em particular no que se refere aos escalões de formação, franja do setor que sofreu perdas incalculáveis desde o eclodir da pandemia. 

Adicionalmente, no âmbito da dimensão económico-financeira, esta conjuntura demandou uma atuação norteada pela prudência (em particular no que respeita à desaceleração do plano de investimentos que vinha sendo efetuado em modalidades com crescentes níveis de interesse e apoio por parte de Associados, adeptos e simpatizantes), considerando o incremento relevante de dispêndios associados ao rastreamento da pandemia (e.g., testes de despiste) e respetiva prevenção (e.g., serviços de desinfeção, entre outros), mas sobretudo atendendo ao bloqueio significativo dos canais de receitas tradicionais, nomeadamente ao nível de patrocínios (fruto dos gritantes níveis de incerteza que desincentivaram a celebração de acordos desta tipologia) e das cifras auferidas de utilizadores das modalidades (dada a já referida quebra no número de praticante/utentes), com vista a não pôr em causa a sustentabilidade futura desta Associação Desportiva de Utilidade Pública. 

Atento o exposto, a temporada 2021/2022 afigurava-se dotada de uma importância ímpar no universo das modalidades desportivas enquanto indicador da respetiva capacidade de ver normalizada a sua atividade. Não obstante o espectro de incerteza que vinha caracterizando a realidade pandémica se tenha mantido omnipresente, materializou-se na época em apreço um incremento significativo na cadência de vacinação, com o consequente desvanecimento gradual das medidas restritivas impostas, cenário que mitigou diversas contingências que assolaram o ecossistema do desporto em Portugal nas duas temporadas anteriores. 

Deste modo, e pese embora os efeitos da pandemia ainda se tenham feito sentir (em particular no primeiro semestre da temporada), viram-se retomadas em plenitude as atividades desportivas das diversas modalidades, seja no que concerne ao reatamento de provas seniores objeto de suspensão, adiamento, cancelamento ou mero condicionamento fruto da situação epidemiológica vivenciada, seja no que se refere ao regresso a contextos de treino e competição dos múltiplos escalões formativos. 

Esta trajetória de normalização viabilizou não apenas a redução de dispêndios iminentemente associados ao combate à pandemia, mas também atuou como elemento catalisador dos segmentos de receita previamente aludidos que haviam sido violentamente comprimidos nas temporadas anteriores (designadamente, as receitas de publicidade e patrocínios e os valores auferidos pela prática desportiva por parte de praticantes/utentes das modalidades), o que contribuiu decisivamente para que o SC Braga retomasse a trajetória de reforço da aposta desportiva em diversas modalidades, nomeadamente ao nível da respetiva (crescente) profissionalização, sendo de destacar, pela sua magnitude, os investimentos efetuados ao nível das equipas seniores de Futebol Feminino e Futsal. 

Em suma, a temporada 2021/2022 do SC Braga testemunhou sinais inequívocos de uma recuperação ansiada, alicerçada na retoma integral das atividades desportivas e da dinâmica comercial nelas subjacente, sendo a cifra recorde alcançada ao nível das quotizações de Associados (que se enaltece) o exemplo paradigmático da (boa) saúde do Clube e do sensato otimismo existente quanto ao seu futuro. 

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