Num mundo que enfrenta agora um inimigo invisível, a necessidade de adaptar é comum a todos. O desporto, não é exceção. Com o bem de todos em mente, também os atletas do SC Braga se têm mantido em isolamento social, ainda que esta medida possa prejudicar a sua atividade desportiva.

As campeãs nacionais de karaté, Tânia, Léa e Emma Barros, foram as mais recentes convidadas da rubrica “Planeta Braga”. A rubrica procura saber como é que os desportistas mantém a sua forma física, a preparação técnica, o foco e a motivação para que, aquando o regresso às competições, possam dar continuidade à excelência desportiva que define os atletas do SC Braga. As irmãs também nos deram a saber como nasceu a paixão pela modalidade e como é para elas partilharem-na.

Tânia Barros

“Os treinos não são a mesma coisa como se pudesse sair de casa, mas temo-nos adaptado bem e tenho as minhas irmãs com quem posso treinar e o meu pai que é treinador. Antes da quarentena também preparamos a casa para os treinos. Continuamos a trabalhar rumo aos objetivos. Ainda não sabemos quando se vão realizar as competições, mas estamos focadas na mesma.”

“Eu tinha o K1 de Rabat mas foi cancelado, bem como o Campeonato da Europa e a competição em Madrid, que seria agora em meados de Abril. É um bocado frustrante porque temos trabalhado imenso, mas faz todo o sentido que assim seja. Nestas condições não é possível haver provas e é preferível que estejamos todos bem de saúde. Até agora, só soubemos da data dos Jogos Olímpicos no próximo ano, mas ainda não foram reagendadas as outras competições.”

“O karaté é uma paixão que partilhamos e é muito bom podermos viver todos os momentos juntas. Há coisas que uma faz melhor que a outra e às vezes cria-se um pouco de rivalidade, mas sempre de forma saudável. Quanto ao nosso pai, ele exige sempre bastante de nós e às vezes torna-se complicado, mas se não fosse ele não estaríamos aqui hoje e por isso só lhe temos a agradecer.”

 

Planeta Braga: Tânia, Léa e Emma Barros

 

Léa Barros

“Eu estou a recuperar de uma lesão grave que me impossibilita qualquer tipo de prática desportiva. A situação atual impede-me de sair de casa, o que significa que não posso fazer os meus tratamentos de fisioterapia. Infelizmente, isto irá afetar a minha recuperação, que já não seria para cedo. Não sabíamos quando é que ia poder voltar, mas assim torna-se mais complicado. Continuo a seguir os planos do meu fisioterapeuta, mas nunca é a mesma coisa.”

“Esta paixão começou pela Tânia. Como o meu pai era treinador ela tomou o gosto pela modalidade e nós também sucessivamente. A Emma não gostava no início, mas depois de nos ver a praticar, também aderiu à modalidade.”

 

Planeta Braga: Tânia, Léa e Emma Barros 1

 

Emma Barros

” Eu também tive algumas competições adiadas. Em Maio ia ao Chipre, que foi anulado, em Julho iria à Croácia, espero que esta se mantenha de pé. Continuamos a treinar todas juntas e todos os dias com o mesmo foco de sempre. O meu maior sonho é ser sempre melhor e atingir os meus objetivos, como poder ir um dia aos Jogos Olímpicos.”

 

Planeta Braga: Tânia, Léa e Emma Barros 2