Apresentou-se à comunicação social como um jogador que gosta de fazer golos e que joga bem de costas para a baliza. Yan Said confessou, esta quinta-feira, que realizou um sonho ao chegar à equipa principal do clube arsenalista. O avançado que apontou 12 golos esta temporada na formação bracarense falou da forte concorrência que tem no plantel e não escondeu o desejo de se estrear ainda esta época na Liga NOS.
A chegada ao plantel principal: “É a realização de um sonho. Imaginava como é que seria chegar à equipa A, mas quando aqui entramos é sempre mais do que aquilo que imaginámos. As pessoas acolhem-te como um jogador novo. É sempre importante estarmos nestes patamares tão jovens”.
Seguir as pisadas do pai: “Quando se é filho de um antigo jogador, é expectável que queira seguir as suas pisadas. Comigo não foi diferente e é a concretização de um sonho. É o culminar da segunda etapa da minha vida (a primeira foi quando assinei contrato, a segunda era chegar à equipa A). Com a ajuda das pessoas que tenho em casa consegui atingir esse objectivo”.
O maior fã de Wender: “Sempre acompanhei os jogos dele. Sou o fã número um do meu pai. Aprendi muito com ele, mas o mais importante é que ao longo do tempo as pessoas foram esquecendo essa ideia de ser filho do Wender e foram-me aceitando pelo que sou e pelo que tenho feito até agora na formação do SC Braga. Sempre foi uma mais-valia ter o meu pai por perto”.
Características semelhantes às do pai: “Sim, a forma de jogar, de cabecear, de correr são muito semelhantes. Até na meia caída. Ele sempre me incutiu usar meia caída. Era ele que fazia as minhas meias nas escolinhas e sempre me acostumou a jogar com as meias em baixo”.
O trabalho com Custódio: “Sinto-me mais confortável. É um treinador que já me acompanhou nos Sub-17, vem-me acompanhando desde aí até agora. Sabe do meu potencial e aquilo que eu posso oferecer à equipa. É uma mais-valia para mim”.
Como soube que ia ser integrado no plantel: “Estava em casa, tinha acabado de receber a notícia de que os campeonatos da formação tinham sido cancelados e passado alguns dias ligou-me o mister a dar-me os parabéns e a dizer que iria integrar o plantel principal. Disse-me como as coisas iriam decorrer, as normas… Disse que queria que me divertisse e que aprendesse com os melhores”.
A reacção do pai à ascensão: “Foi a reacção de um pai orgulhoso. Acho que é sempre bom para um pai ver o sucesso de um filho. Ele sempre me disse para manter os pés bem assentes no chão, para fazer o meu percurso e concentrar-me no futebol”.
As suas características: “Jogo a ponta-de lança. Também posso jogar a extremo ou falso nove. Sou tecnicamente evoluído. Sou um jogador que gosta de fazer golos e que joga bem de costas para a baliza. Tenho melhorado muito na parte da velocidade, mas ou um jogador de toque na bola e de ajudar os companheiros”.
Bem acolhido pelos atletas da equipa principal: “Acolheram-me bem, isso é importante. Sempre me falaram das responsabilidades que têm, contam-me um bocadinho da história deles, para eu perceber o que passaram. A cada dia estou a aprender mais com eles”.
A concorrência na equipa A: “Ao longo dos anos, o SC Braga tem tido plantéis cada vez mais qualificados e este é um deles. É uma concorrência saudável e faz com que eu cresça. Vou trabalhar como todos para ter a minha oportunidade e espero conseguir estrear-me ainda esta época”.
Iniciar a época com os Sub-19 ajudou ao crescimento: “Isso ajuda-nos a crescer, convivendo com pessoas mais velhas no dia-a-dia. Este ano foi importante para crescer como pessoa também. Os meus colegas e o mister Artur Jorge ajudaram-me muito a ser como sou hoje”.