Lukas Hornicek olha para trás e vê que fez a escolha certa. A Legião acha o mesmo… olhando para o futuro.

O internacional checo aterrou há nove meses em Portugal e, chegado a Braga, não demorou muito tempo a deixar o universo bracarense rendido às suas qualidades.

Com a mesma tranquilidade com que protege a baliza, Hornicek fez um balanço desta primeira temporada em Braga. Desvendando, pelo meio, alguns segredos, perspetivou um futuro que tem como sonho a equipa principal.

 

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O desejo de regressar ao ativo

“É claro que é uma situação difícil. Eu, como toda a gente aqui, sou apaixonado por futebol e quero voltar a jogar. Esperemos que isto se resolva o mais rapidamente possível. A situação na República Checa acaba por estar bem melhor do que aqui. Felizmente toda a minha família está bem e isso deixa-me mais tranquilo”.

O trabalho com a equipa principal

“Estou muito feliz por estar a trabalhar com a equipa principal. Poder evoluir com jogadores desta qualidade tem sido uma experiência fantástica. Espero poder continuar”.

 

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Treinar com o ‘pai’ Eduardo

“Ele é muito engraçado. Gosta de sorrir. Acaba por parecer meu pai e gosto muito de treinar com ele, assim com os outros guarda-redes. Falo mais com ele e com o Tiago Sá porque falam muito bem inglês. Com o Matheus menos porque não falo muito bem português. Eu tento, mas é difícil e com sotaque brasileiro é ainda mais. Sei o português básico, nomeadamente no futebol”.

Português para melhorar

“Consigo dizer algumas coisas básicas do dia a dia e ligadas ao futebol. Tenho tentado melhor o meu português. O mais complicado acaba por ser a conjugação dos verbos no passado e no futuro. Espero continuar a melhorar”.

Os estudos

“Não abandonei os estudos, continuo a estudar online, mas tenho que fazer uns testes no meu país para prosseguir”.

 

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O percurso, com a seleção nacional pelo meio

“Comecei a jogar no Dobříkov, clube onde o meu pai jogava. Depois a oportunidade de me transferir para o Pardubice, um clube maior na República Checa, onde estive dos 7 aos 16 anos, antes de chegar aqui a Braga. Sou chamado à seleção nacional desde os 16 anos. Foi ai que comecei a evoluir e é algo que me vai marcar para sempre”.

Braga, a escolha certa

“Sim, tive propostas de outros clubes, mas escolhi o SC Braga porque é como a minha anterior equipa, é muito familiar. Um clube que aposta naquilo que produz na formação. Quando olho para trás penso que foi uma boa decisão”.

 

O sonho chamado equipa principal

“É o sonho. É algo difícil, mas vou trabalhar ao máximo para consegui-lo”.

 

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No final… o futebol venceu

“Quando era mais novo praticava vários desportos, como basquetebol e ping-pong. Escolhi o futebol porque foi aquele que mais me cativou. Mas hoje em dia gosto de jogar basquetebol, porque sou mais alto que a maioria e consigo afundar (risos). Costumo jogar com os meus colegas na residência”.

Referências

“Gosto muito do Ederson, pelo jogo de pés e pela velocidade dentro da baliza. Outro guarda-redes que também aprecio bastante é o André Onana do Ajax”.

Petr Čech

“Conheço-o pessoalmente. Não somos amigos claro, mas estive com ele em treinos de guarda-redes na seleção nacional. Gostei muito de conhecê-lo, ajudou-nos muito e estou grato por isso”.